segunda-feira, 31 de março de 2008

Sobre ficantes, finais de semana e paciência.

Tem algumas coisas que definitivamente não servem para minha vida. Ficantes é uma delas. Não serve por que eu gosto de intensidade, e com ficantes na maior parte das vezes as coisas só funcionam como em um caminho de mão única. Ficantes não assumem compromisso, não se preocupam em criar vínculos... com ficantes você não conversa sobre os "planos para o futuro" e na verdade nem faz muitos planos, por que tudo pode acabar assim, de uma hora para outra.

Ficantes são coisas de momento, e não que alguém não possa ser feliz desta forma, muito pelo contrário, algumas pessoas se satisfazem com vários pequenos momentos de felicidade. Mas como eu disse no começo, eu curto a intensidade das relações. Gosto de cuidar e ser cuidado, gosto de fazer planos, de alimentar sonhos conjuntos... estas coisas que hoje em dia chamam de "tolices românticas". Na verdade todos somos um pouco ficantes, por um curto tempo, o tempo para se conhecer, para despertar o amor e resolver fazer um upgrade no relacionamento. Mas quando o tempo passa, e nada acontece, isso começa a me cansar... e eu me canso bastante fácil.

E ficante, para ser bom, tem que ser aquele que quando está junto te dá atenção, e realmente FICA. Por que ter um ficante para ainda estar esquentando a cabeça, tenha santa paciência né, é melhor seguir a máxima do "antes só do que mal acompanhado". Ficante que não te enche de amor (e isso inclui sexo) e carinho quando está junto, que não te dá toda atenção, e te troca por algum entretenimento barato não é ficante que se preza. Não vale gastar um final de semana com alguém assim...

É, eu não tenho paciência para ficantes. Não tenho paciência para gente enrolada que não sabe o que quer de um relacionamento, não tenho paciência para infantilidades e cabeças vazias...

E hoje eu termino com a fala do Inspetor Sidney Wang, interpretado pelo fabuloso Peter Sellers, no filme "Murder by Death" (Assasinato por Morte - 1976) - "Yes, kill good weekend, drive please..."

segunda-feira, 17 de março de 2008

Eu TAMBÉM quero menos...

Quem já não parou na frente da TV para ouvir e ver o comercial da Havaianas, narrado pelo Evandro Mesquita??? Pois é... é uma ode à simplicidade... tá é muito carioca, mas e daí?

"Eu quero menos...

menos roupa.
menos cabeça quente.
menos falta de tempo
menos resolver tudo por e-mail.
menos distância.

Ah... eu quero menos pra mim.
E quer saber?
Eu desejo o mesmo pra você!"




Eu quero muitos dias de sábado como o que passou...

quinta-feira, 13 de março de 2008

Vida Acadêmica...

Tem três semanas que minhas aulas começaram, na verdade aulas de fato só começaram semana passada, a primeira foi de pura e simples enrolação, e já fazia uns dias que queria escrever sobre isso... por que com três semanas já cheguei a algumas conclusões.

Primeira coisa: Eu não nasci para ser "popular". Insisto em minha mania de não sair sorrindo para tudo que é pessoa que aparece, prefiro observar antes de abrir espaço para que as pessoas se aproximem. Ainda mais em uma turma de pós-adolescentes. Por conta disso, até hoje só tem duas pessoas na sala que eu poderia dizer que me agradam.

Segunda coisa: Tem meninos na minha sala, bem mais do que na época que eu estudei psicologia... será que preciso dizer que alguns tem clara e indiscutível TB????!!!!! (Depois me perguntem o que é TB) E é claro que tem aqueles que se acham os fodões, tem os nerds, os com cara de drogados, os funkeiros, os que falam de futebol na quinta-feira... Mas em sua maioria a turma é composta de gurias, de várias tribos também é claro, as Patys, as Fofy's, as "mudernas"...

Terceira coisa: acordar cedo tem sido bem menos pior do que eu tinha imaginado. Tudo bem que tenho feito um esforço hercúleo para ir para cama sempre antes da 1 da manhã.... o que me garante uma média de 6 à 7 horas de sono, dependendo do dia. Tudo bem também que neste período só tenho aulas nas Terças, Quintas e Sextas.

Quarta coisa: O papel higiênico é da pior qualidade... por isso eu levo o meu de casa.

Quinta coisa: Eu realmente penso que o "trote" nos calouros é uma coisa idiota, feito por idiotas para idiotas.

Mas estou curtindo e muito... sei que sempre vai haver aquele dia que a saudade da minha cama será de partir o coração, sei que haverá dias que a cama vai me agarrar com todas suas forças e eu não irei sair dela (ainda que minha mãe insista em me acordar, mesmo quando eu não tenho aula).

E nas últimas semanas eu me peguei pensando em um certo alguém.... mais do que o normal... mas isso não tem nada a ver com minha vida acadêmica!!!!

quarta-feira, 12 de março de 2008

Chuva de Sapos...

Com a chegada do fim do verão, me parece que os dias de Chuvas de Sapo começam a dar o ar da graça... por que sempre nesta época uma certa nostalgia me invade, me domina sem eu nem mesmo perceber, e tudo parece se tornar imensamente maior. O calor me parece mais intenso, a tristeza, e qualquer fato normal do dia-a-dia ganha proporções que sempre me fogem do controle... As noites se tornam maiores também. Principalmente quando eu não tenho aula no dia seguinte (como hoje por exemplo), e Morpheus parece ter esquecido o endereço da minha casa.

E para eu nunca esquecer do "imenso fulgor da vida"... um texto que eu recebi à quase dez anos atrás...

"Diego não conhecia o mar. O pai, Santiago Koradoff, levou-o para que descobrisse o mar. E, o mar, estava do outro lado das dunas altas, esperando.
Quando o menino e o pai, enfim, alcançaram aquelas alturas de areia, depois de muito caminhar, o mar estava na frente dos seus olhos.
E foi tanta a imensidão do mar, e tanto o seu fulgor, que o menino ficou mudo de beleza. E, quando finalmente conseguiu falar, tremendo, gaguejando, pediu ao pai:
- Me ajuda a olhar!"

A Função da Arte - Galeano, E.

domingo, 9 de março de 2008

Que os raios NÃO me partam...

Estava assistindo ontem ao Jornal Nacional (sem o Willliam Bonner e a Fátima), quando parei em uma das notícias dadas. Dizia o apresentador, cujo nome não me lembro agora, sobre o homem que andava em sua moto e foi atingido por um raio, que lhe deu cabo da vida. E completava o apresentador: "só este ano já foram 29 as vítimas fatais de raios"...


É claro que no momento não me contive e fiquei imaginando a criatura lá, andando calmamente, e em uma fração de segundos... PUFT! Como em desenhos animados, um raio atinge o dito cujo em cheio, e diferente dos desenhos, já era sua existência na Terra. Também alimentei o pensamento de que se existe demonstração da Ira Divina, este tipo de acontecimento deve ser o melhor exemplo. Por que afinal de contas, é de se duvidar da coincidência de se estar no exato local (ou próximo), no exato momento em que um raio vai atingir a Terra. É quase como a bruxa que foi atingida pela casa da Dorothy em "O Mágico de Oz".


E se nas grandes tragédias, quando centenas de pessoas são "levadas de uma vez", o que deve poupar tempo e causar certo congestionamento nas portas do céu (ou do inferno), este caso de ser atingido por raio pode ser chamado de um capricho dos Deuses... Depois de aviões e helicópteros agora teremos que nos preocupar com os raios.... ou com a Ira Divina!

quinta-feira, 6 de março de 2008

Soneto de Fidelidade


Do mestre Vinícius... para quem sabe o valor de um amor verdadeiro!

"De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure."