domingo, 24 de junho de 2012

Palavras incomuns para coisas comuns

Sou uma daquelas pessoas que se dedicam com intensidade a tudo que me proponho. Mas a maturidade dos meus quase 40 anos (só faltam duas semanas e uns dias) me fizeram criterioso. Abro mão daquilo que não me faz bem, abro mão do que causa tristeza, do que magoa, deixo de lado tão rápido quanto me apego.

Sim, eu sou carente! Eu gosto de atenção. E vejam bem, atenção é muito mais do que uma mera e simples "babação de ovo". Um "oi como vai?" me faz ganhar o dia, muitas vezes são melhores do que inúmeras palavras de bajulação ditas sem nenhum sentimento. E pode parecer estranho, até meio mágico, mas os anos me apuraram a audição para perceber estas sutis diferenças. É quase como eu costumava dizer para alguns amigos gaúchos do terrível habito de cariocas em terminarem uma conversa com o "Passa lá em casa!" e jamais te darem o endereço!

Passei, ao longo dos anos, a acreditar cada vez menos nas pessoas, aprendi que é uma excelente forma de me preservar de maiores decepções. Mas de vez em quando a gente se engana, comete erros, e lá estou eu novamente estupefato em como o ser humano não dá valor a sentimentos verdadeiros. Percebo que pessoas deste tipo (se é que podemos chamar de pessoa) se multiplicam como ervas daninhas... e por mais que eu cuide do meu jardim, de tempos em tempos preciso extirpá-las.

Acho que a proximidade do meu aniversário me fez refletir sobre muitas coisas. Minha vida que seguia um curso tranquilo, de repente entrou em um turbilhão e dezenas de coisas boas começaram a acontecer, e eu quero coisas boas, assim como pessoas, perto de mim! Se alguém me pergunta-se alguns meses atrás como é fazer 40 anos, eu nem saberia o que dizer.... mas hoje eu posso garantir, está sendo muito bom!

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Para esquecer... basta meia hora!

Levamos uma vida construindo a nós mesmos, a cada dia, cada hora, cada minuto. Vamos elaborando quem somos com idéias, com músicas, com filmes, livros e experiências. Vamos, ao longo do tempo, recolhendo referências que podem explicar para qualquer ser vivo quem nós realmente somos! Há os que conseguem ser honestos consigo mesmo, e infelizmente os que criam imagens opostas ao que são, por que estes certamente não gostam do que o espelho da alma reflete quando precisam olhar para si.

Para construir, é preciso tempo, dedicação e sinceridade. Para esquecer basta meia hora! Basta que por meia hora sejamos capazes de olharmos para nós mesmos e percebermos o quanto somos maiores. E para cada lembrança que insistir em nos torturar, possamos dedicar meia hora a nós mesmos, e ouvir novas canções, ler novos poemas, usar novas roupas, experimentar novos sabores.

Dedique meia hora com as pessoas que o cercam, converse, ria de si mesmo, descubra novos assuntos, arrisque-se nos próximos trinta minutos em um mundo que não é o seu! Veja o novo como um infinito de possibilidades. Use estes trinta minutos não para avaliar ou emitir valores, use-o para encontrar aquilo que o outro tem de melhor!

Faça bom uso dos trinta minutos deixando para trás as más lembranças, as coisas que esfriam seu coração... você vai acabar percebendo que precisa de bem menos tempo para mantê-lo aquecido!

No final deste tempo, você pode até precisar de mais um pouco... e isso será você mesmo quem vai decidir, por que o mais importante, é que após uma meia hora você terá se dado conta de que algumas pessoas não merecem sequer 30 segundos da sua vida!

P.S: Para todos, um FELIZ ANO NOVO!