segunda-feira, 7 de março de 2016

Saudade de Mim

Eu não sei vocês ai do outro lado, mas aqui tenho sempre a sensação de que a cada dia que passa as coisas na internet ficam um pouco mais monótonas... já não encontro mais aquele frescor da novidade nas coisas, são apenas uma sequencia de repetições onde a sensação que me dá é sempre a de que mudaram os atores mais a encena apresentada é sempre a mesma...

Poucas são as vezes que ainda me surpreendo com alguma coisa, bem diferente dos tempos do começo da internet, as salas de bato papo onde o mais interessante era fazer amigos, os vídeos que surgiam na rede sempre originai e muito engraçados... mas eram os tempos da internet discada, do acesso mais restrito, como li dia destes hoje qualquer idiota tem voz na rede mundial de computadores. (inclusive este que vos fala)

Sou saudosista sim, vivi o que houve de melhor na internet, os chats, o ICQ, o Napster (quando algumas vezes demorava horas para baixar apenas uma música), e pensar que hoje baixamos filmes completos em HD em alguns minutos... Baixar filmes então nem se fala, me lembro bem do primeiro divx que baixei, "O Homem Aranha" uma semana inteira... Algumas vezes fico me perguntando se as pessoas ainda trocam e-mails...

O que me leva a lembrar das cartas, sim, aquelas mesmo que escrevíamos, colocávamos em um envelope, íamos até uma agencia do Correios e enviávamos...levava alguns dias para chegar ao destinatário e mais uns tantos até termos uma resposta, telegramas era só para urgências e absolutamente sucintos, do tipo: "Fulano morreu pt enterro amanhã 15h pt"

Hoje estou assim, com saudade de mim...

sábado, 16 de janeiro de 2016

O Cachorro de Rua

Com o tempo eu fui aprendendo que ninguém é "para sempre" em nossas vidas, ainda que a gente sempre espere que algumas relações sejam eternas. Vejam bem, não falo apenas dos relacionamentos amorosos... mas de todo e qualquer vínculo com uma outra pessoa que estabelecemos ao longo da vida.

Não quero dizer com isso que as amizades se findam. Não, muito pelo contrário, algumas se fortalecem justamente pela ausência, pela distância... mas muitas simplesmente se perdem, vão se esvaindo, não fica nem a saudade, e na ausência de qualquer sentimento que seja, bom ou ruim, nos damos contas de que aquela pessoa foi... não importa mais em sua vida.

Tenho alguns, poucos, amigos que nunca os vejo, seja pela distância física ou pela vida atribulada de cada um, mas são pessoas que estão sempre presentes, de alguma forma que alguns podem até chamar de mística. Nisso eu agradeço sempre à tecnologia que tornou possível o distante estar próximo. Eu não preciso falar com alguém todos os dias da minha vida para me importar com esta pessoa... mas eu sou canceriano... sinto falta de um bate papo, um olho no olho, um abraço, um beijo de despedida, um alô no final de uma semana conturbada... sinto necessidade de proximidade.

Acho que isso que me faz ser como aquele cachorro de rua que se joga no chão, abre as pernas e abana o rabo de felicidade ao primeiro sinal de atenção de qualquer estranho, maluco, aproveitador, ou qualquer outra categoria de pessoa insana que costuma aparecer nas nossas vidas.

Hoje, está nublado, e eu queria bater papo a noite toda e dar risadas.

sábado, 2 de janeiro de 2016

Os vivos sempre aparecem!

Não faco nem ideia de quanto tempo não venho aqui para escrever. Acho que até quem costumava me ler já casou, teve filhos ou quem sabe até passou dessa para melhor... mas eu estava por aí, vivendo... e claro, a possibilidade de escrever diretamente do iPad, a qualquer momento (como por exemplo agora, deitado na cama insone) também me animou a retornar.

Para facilitar a vida: eu ainda sou sozinho no mundo sem ninguém! Estamos no ano de 2016... eu tenho duas lindas jabutis, que passam a maior parte do tempo dormindo, moro no Rio de Janeiro, e continuo odiando o calor. Tenho um Citröen C3 azul e muitas musicas para ouvir.

Minha coleção de DVDs aumentou consideravelmente, e consegui me desfazer de muitos CDs, não sem antes transforma-los em arquivo digital.

Mas como estava dizendo: o pensamento continua funcionando melhor durante à noite, quando eu deveria estar dormindo. Estava aqui pensando em como é difícil dizer algo para alguém que perdeu uma pessoa amada, sim a perda é sempre muito difícil, mas definitivamente nosso idioma não ajuda em nada. Sempre considerei péssimo o tradicional e formal "Meus pêsames", acho pesado. Tem quem use o "Sinto muito", que, infelizmente, na língua portuguesa fica deslocado e incompleto, já que o mais correto seria dizer "Sinto pela sua perda".

Pensava nisso pois os últimos dois anos foram de muitas perdas, vi pessoas muito queridas tendo que se despedir de pais, mães, amigos... Nunca sei exatamente o que dizer, a dor de perder alguém é única, pessoal e intransferível. Ninguém pode sentir por outra pessoa. Podemos sentir a nossa própria dor, ou melhor, podemos ter a nossa lembrança de quando perdemos alguém... mas não podemos ter a dor do outro. Pois esta, é resultado das experiências vividas, dos afetos trocados... Escolho sempre, por fim, palavras menos formais, de encorajamento, de que a vida, justa ou injusta, longa ou curta, deve seguir adiante!!!!

Todos teremos perdas na vida, é o ciclo natural das coisas... 

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Os meus amores impossíveis

Não entendo por que sempre me vejo em meio à amores impossíveis... daqueles que fazem a gente sentir um aperto no coração em pensar na pessoa e saber que "não, não é para você!". Uma vez alguém me disse que este era o jeito que encontrava para não me entregar de fato à um amor verdadeiro, faz sentido. Mas preciso que saibam que todos meus amores impossíveis são verdadeiros...

Então, em um dado momento alguém aparece na minha vida, eu permito que esta pessoa se torne absolutamente real e presente, mas está a milhas de distância... me conta das suas dores do coração com outras pessoas, e eu fico ali ouvindo e pensando... "Ahhhh... me deixa te fazer feliz!" e sem eu perceber, aquele se torna o melhor amor que eu jamais consegui ter... e pelas circunstâncias da vida, jamais terei.

Mas aprendi a me permitir ao não sofrimento... então eu saio me retiro, vou deixando que a vida siga seu rumo... mas fico sempre com a sensação de que perdi o amor de uma vida. 

Estou triste este dias... me perdoem.

segunda-feira, 30 de junho de 2014

Um cara legal... pero no mucho!

Tenho muitos arrependimentos na vida, tantos que acredito que não conseguira listá-los caso decidisse enumerá-los. Arrepender-se, ou simplesmente perceber-se de um erro, é sempre uma viagem dolorosa, porém muito útil na vida de qualquer um. Nos torna mais senhores de quem somos! Nos permite deixar de lado a arrogância de nos acreditarmos sempre corretos, sempre senhores da razão. Nos coloca naquele lugar incômodo de pessoas com falhas, algumas vezes injustas, outras arrogantes, muitas vezes orgulhosas...

Deveríamos aprender o valor de saber errar, ainda na infância, talvez até no máximo o final da adolescência, para então na vida adulta cometermos erros sim, mas sabendo que estamos errando, por vezes ao acaso ou deliberadamente. Mas via de regra, isso só acontece passado algum tempo da vida adulta, certamente porque é nesta época que precisamos assumir as responsabilidades por aquilo que fazemos, mais fácil seria, se fosse possível, abolirmos o arrependimento de nossas vidas, viveríamos todos como em um hospício, cada qual com sua loucura, senhores de si e donos da razão, onde, para cada umbigo haveria um universo girando ao redor!

O fato é que gostaria de ter errado menos. Tenho sempre aquela sensação de "perversidade" quando penso em muitas coisas que fiz, muitas vezes contra pessoas que não tinham a ínfima chance de se defenderem. Mas não pretendo fazer um "mea culpa" das terríveis coisas que cercam meu passado....passou! As vidas seguiram adiante, eu tenho tido o castigo merecido, e por fim, cada um de nós deverá conviver com o juiz mais feroz que pode haver: nossa própria consciência!

Mas eu ainda me considero um cara legal... na maior parte das vezes!