Interpretações Mediúnicas

Eu não preciso dizer que sou amante fervoroso do bom cinema, talvez por isso tenha tanto respeito pelas grandes estrelas de Hollywood, de um tempo em que para se fazer cinema era preciso saber interpretar. Nos últimos tempos poucas atuações me fizeram ficar sem fôlego. Uma delas foi da premiadíssima Helen Mirren, ao dar vida à Rainha Elizabeth em "A Rainha", acabou ficando inclusive com o Oscar. Para quem viu o filme sabe do que estou falando, pois houve momentos em que era difícil de distinguir personagem de atriz, e não somente na carcterização, mas os olhares, os gestos, um leve aceno de mão. Talvez nem mesmo a Rainha Elizabeth interpretaria papel de forma tão majestosa.

Achei que seria difícil aparecer em tão pouco tempo alguma nova interpretação, mas me surpreendi. A queridinha da vez, e já cotada para ficar com o Oscar de melhor atriz na próxima edição chama-se Marion Cotillard. E ela dá vida a ninguém menos do que um dos grandes nomes da música de todos os tempos: Edith Piaf!!!

O filme chama-se "La Môme" (A Menina em francês, que era o apelido de Piaf), para o público americano saiu como "La Vie En Rose", e aqui na terra brasilis... se chama "Piaf - Um Hino ao Amor" (em referência à uma de suas canções). Mas isso pouco importa, vi algumas cenas do filme (e já estou providenciando para estar com o filme inteiro ainda neste final de semana) e fiquei simplesmente surpreso com o pouco que vi. Cotillard convence como Piaf, nas mais diversas fases de sua curta, e trágica vida (Piaf morreu aos 47 anos). Convence e encanta, tudo parece perfeito e até mesmo a ausência de muitos números musicais acaba não prejudicando, pois a estrela ali é definitivamente Marion Cotillard, que não cumpriu apenas o papel de cantora, e nem seria necessário, ao que parece todas as canções são interpretadas pela própria Piaf.

E viva às grandes atrizes, que a cada nova temporada parecem estar se especializando no poder mediúnico para que as grandes homenagens fiquem ainda maiores!!!

E para não dizer que só falei das estrangeiras: por aqui o trabalho mediúnico ficou por conta do já aplaudidíssimo Diogo Vilella, que deu vida nos palcos à Cauby Peixoto... quem viu saiu de lá em transe espírita!